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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Estado de Espírito

Quero um beijo breve
Que o coração acalme
E me deixe leve,

Quero um abraço forte
Que o peito afague
E me deixe torpe,

Quero um lindo sorriso
Que na alma brilhe
Como um aviso,

Quero um dia inteiro
De felicidade pura
Amor verdadeiro,

Quero teu carinho
Dentro do sofá
Junto a um bom vinho,

Quero teu amor
Regado à poesia
Lindo como flor,

Quero teu coração
Batendo junto ao meu
Em retribuição,

Quero acima de tudo
Uma paz colorida
Que me deixe mudo.

Finalmente quero
Uma confirmação
Do amor que velo
E vem do coração.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Cinza

Cheguei num lugar que me sorriu
Com risada colorida e reluzente
Mas havia algo que me dividiu
Um paradigma, um traço decadente.

Que trazia decisão numa verdade,
Desbotando sonhos, vida, sentimento,
Dividindo um coração que na dor arde
E esvazia a mente de pensamento.

Não há mais um brilho, um colorido,
Apenas uma nuvem em teu sorriso,
E nos teus olhos o transbordar dolorido
Expressando o momento preciso.

Não ficou o verde, sequer o amarelo.
Predomina o cinza morto e fosco,
Dando tom ao que eu não quero,
Encerrando com um final tosco.

Passarei pelo limbo, pela dor dilacerado,
Edificando barreiras ao redor do coração,
Apenas por ser honesto e estar apaixonado,
E querer um sentimento de retribuição.

Meu jardim agora é tão cinzento,
Sem um amor que ao coração acelere.
Minha mente e coração são só tormento,
Sem ter alguém que me espere.

Sentidos

Me sinto muito triste, mas leve.
Como quem mata um desafeto,
Que ri na sua cara e deve,
E tomba com um tiro direto.

Me sinto também feliz
Como depois de um orgasmo
Que não interrompido por um triz
Escarra um sorriso com sarcasmo

Me sinto demais entorpecido,
Como um pobre desencarnado,
Que pelo amor desiludido,
Se sentiu desamparado.

Me sinto também muito forte,
Como um adolescente drogado,
Que não tem limite, nem norte,
E do pico da ponte é jogado.

Me sinto acima de tudo maduro,
Como uma fruta podre no chão,
Que é aos olhos como o escuro,
E para ninguém os outro dão.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Nossa história

Há uma história há muito escrita,
Um momento que não acabará,
Na qual você é a protagonista
De um amor que sempre viverá.

Há laços que no amor forjados,
Uniram a minha vida a sua.
Elos por Deus foram criados,
Feito o brilho do céu e o da lua.

Há uma força que não se explica,
Fazendo de duas apenas uma,
E que ao amor simplifica,
Tornando minha vida pluma.

Há, acima de tudo, o amor,
Criado de dentro do coração,
Superando a mais tormentosa dor,
Dando sentido a minha criação.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Menina do brejo

Num dia de muita tristeza
Ao brejo como rumo eu busquei,
Cheguei num lugar com sutileza
E de frio eu congelei.

Vi uma casinha me sorrir,
E lá de dentro dois faróis
Minha tristeza fizeram partir,
Me fisgando como anzóis.

Ouvi os grilos e os sapos,
Tritrilando e coachando,
Pareciam bons os breves papos,
Sobre o amor sempre falando.

Decidi buscar abrigo,
E encontrei um coração
Que era mais que um amigo,
Iluminando a escuridão.

Naquele dia descobri
Que a cidade me consome,
E que o amor que busco aqui
Lá no brejo tem um nome.

Ah! Tristeza, se de novo tu chegar,
Na casinha pequenina
Lá no brejo vou buscar
O calor de uma menina.

Que é bem mais que um amor,
E entende o meu lamento,
É o remédio de uma dor
Em doses de bom sentimento.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Despercebido



Ela hoje não conseguiu fazer-me superar,
Não ouvi na cabeça aquela melodia
Que em outras épocas fazia suspirar,
Aliviando minha dor, minha agonia.

Parecia que a conexão havia partido,
Que alguém havia cortado o forte laço.
Desesperei pensando no ocorrido.
Procurei descobrir o próximo passo.

O silêncio é a música que ouço na mente,
Acompanhada do batuque do coração.
Levando-me a um pensar urgente
Sobre toda uma situação.

Acabei descobrindo uma verdade,
Que me deixou mais desesperado:
Diante do que sinto e de toda saudade,
A dor me deixou preocupado.

Despercebendo em você um sentimento
Que parece ser bem semelhante
Desconectando-a do meu lamento
Estampando tristeza no seu semblante

Então vejo mais uma vez um destino
Coincidente em duas caminhadas
Fazendo-me sorrir como menino
Pelas tristezas hoje superadas

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Do céu ao inferno



O que sinto no coração,
Uma dor que não dói,
Apenas consumição
Que um sentimento corrói.

Quisera uma redenção
Saísse do que destrói
Trouxesse a emoção
Que o sentimento constrói

Mas algo não foi assim,
Um destino triste e cruel
Afastou você de mim.

Restou-me o gosto do fel.
E o sangue outrora carmim,
Jogou-me longe do céu.